No último sábado (re)assisti o filme Interestelar no cinema. Perdi as contas de quantas vezes já vi esse filme, e sempre me toca profundamente. Desta vez, no entanto, foi diferente. Assistí-lo no cinema me fez senti-lo até os ossos, sentindo o som reverberar dentro de mim.
Este filme sempre me comove porque mostra o amor inabalável que pode existir entre as pessoas e que, mesmo através do tempo e do espaço, perdura, resiste.
Mas desta vez, para além de perceber a força que o amor interpessoal pode ter, eu refleti sobre a grandiosidade dos sonhos. Sobre não ser um fantasma em vida.
Quando Cooper decide viajar, além de essa decisão incluir salvar a vida de milhões de pessoas - e sua própria família -, é também sobre salvar a si mesmo de ser um fantasma em sua própria vida. É sobre sonhar e decidir perseguir seus sonhos. É sobre não aceitar menos.
Mesmo que realizar seus sonhos implique abdicar da presença de quem se ama - porque aqueles que amamos sempre estarão conosco, de alguma forma.
E aí, o sentido que reverbera dentro de mim é que, há pouco mais de um ano, eu me mudei para outro estado, para longe da minha família e amigos, em busca de realizações pessoais e profissionais. Essa distância é dolorosa, mas não diminui o amor.
Hoje, me vejo novamente abrindo mão de uma zona de conforto conhecida, me arriscando em outras experiências, para viver meus sonhos - sonhos que são, para mim, inegociáveis.
É preciso coragem para perseguir nossos sonhos, para decidir algo em nosso próprio benefício, mesmo quando isso frustra outras pessoas.
Eu sinto que precisei de muita coragem para abdicar disso e, apesar de sentir a tristeza da saudade, o apego das relações, não quero voltar atrás no que decidi para mim. Eu quero seguir em frente e realizar o que vim realizar. Não quero viver apenas sonhando.
Por isso, eu busco. Eu continuo buscando. Até encontrar.
Sempre (en)frente.
Que lindo 💗
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